Corredeiras do tempo

Paulo Bomfim

Hélcio Carvalho de Castro se fosse vivo estaria orgulhoso de seu discípulo Guido Fidelis. Mas será que o Hélcio não continua a viver suas “Andanças de Macunaíma”? Em algum lugar do tempo, numa esquina do espaço, na dimensão dos universos paralelos, Hélcio empresta o brilho ao texto e à textura de um cotidiano mágico onde companheiros desaparecidos se confraternizam em redações fantasmas. Evocando a lenda desse passado, vou descendo as “Corredeiras do Tempo” e aportando nos contos que me conta Guido Fidelis.

De há muito acompanho o garimpar de histórias do jornalista que conheci ainda muito jovem cursando a Faculdade de Jornalismo “Cásper Líbero”. Tem o dom de lidar com as palavras e de transformar a escrita em fatos insólitos. O cotidiano em suas mãos adquire roupagens inusitadas. Transfigura-se no exercício de seu mister num contista dos melhores. A surpresa navega o rio que vive corredeiras que nos convidam a aventuras diferentes.

O leitor certamente sairá renovado de seu mergulho em águas falantes de peripécias, e o Hélcio estará dizendo ao Américo Bologna:

- Esse Guido tem muito talento!